Os teus cabelos são ainda da cor do sol aceso.
A tua pele é da mesma seda, de fabrico às mãos.
Os teus olhos - grandes - da cor dum prado fértil
vêm, como viam
para além dos muros de cimento e pedra
que se querem, tanta vez
comportas de águas furtadas.
Mas os teus óculos mudaram.
E mesmo na alternância dos tempos que obrigam
soubeste escolher os que servem
e ficam melhor aos teus olhos.
Sempre de bom gosto!
João Luís Dias