O meu livro de simples poemas,
Não é mais do que sonhos, ilusão,
Tidos num dia em que as açucenas
Se juntaram num enorme furacão.
São apenas palavras dispersas,
Fantasias de quem quer amar.
Junções de rimas diversas,
De quem sonha um dia rimar.
São angustias, sorrisos, sofrimentos,
Esperanças envelhecidas pela sorte
De ter por companhia os sentimentos
Que nos roubam a Vida e dão a Morte.
Se porventura alguém o quiser ler,
Que seja ao deitar e o leia baixinho
À luz duma vela a tremer
Para que melhor sinta o meu caminho.
É um livro de mágoas feito,
De dor pela vida conquistada.
É a solidão que tenho no peito
A sete chaves guardada.
Telmo Teixeira
Poema escrito em 1995, data em que decidi escrever um livro que nunca terminei!