Quando vejo a chuva caindo descompassada...
E teu corpo a jorrar em mim ternura;
Meu olhar é como a doce seda pura.
Tendo em teu toque, a maciez cortejada...
E meu riso, se multiplica em matizes!
Tão nitidamente alvas, como o brilho do prazer.
O teu mundo é o vagar, que quer me ver;
Fincada ao teu peito, como raízes...
Loucas, avessas aos ditames do mundo;
Tu vês em mim, ardorosamente tudo!
Que desejaste dessa longa e dura vida...
O teu ar, teu instinto, e quem sabe a ferida,
Que abriste aí dentro ao me conhecer...
Numa espécie de destino, que queres ter.
"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)