Poemas : 

Entre Os Travesseiros

 
Mas...
Parece que, daqui, eu te vejo,
Semi-nua, entre os travesseiros,
Em redonda cama de seda, repousada,
Roçando os pés nas almofadas   
E a língua nos lábios vermelhos,
Lentamente, como que para umedecê-los...

Os olhos negros, baixos e acesos
Numa procura distante e sem fim;
A pele resvalada pelo linho e cetim
Enquanto meus dedos vão enrolando
As pontas dos seus longos cabelos,
Se retorcendo nos infinitos novelos,
Unhas    penetrando por entre os lençóis   
Enquanto em tua face fulgiam dois
Sóis!

Mas, parece que ainda te vejo,
Sorrindo pelos jardins colores
Brincando com os beija-flores   
Que, confesso, nunca esqueço.

Mas...
Sua moradia é além dos montes
E lá não bate mais o meu coração,
Essa nau frágil, sem uma direção...
Esse navio frio... Sem horizonte...


Gyl Ferrys

 
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Gyl
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 12/07/2014 08:54  Atualizado: 12/07/2014 08:54
 Re: Entre Os Travesseiros
sensual e amoroso poema. parabéns, Gyl.


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 12/07/2014 18:20  Atualizado: 12/07/2014 18:20
 Re: Entre Os Travesseiros
Muito intenso Gyl, parabéns