Numa cidade chamada Vida,
Em cada rua que se invade
Entre alamedas e avenidas,
Me vejo em pesar da realidade.
Caminhando nas vindas e idas
Me desespera a posteridade
Por me deixares na Rua da Despedida
Me levando pra essa Rua da Saudade.
Uma rua mórbida e entristecida
Onde a tristeza é de naturalidade,
Mais parece um beco sem saída
Distante das ruas de tranqüilidade.
E com a Rua Nostalgia é divida
Até a Rua das Lembranças na extremidade,
Cruza com a Rua da Amargura na descida
Que parece não ter mais finalidade.
Pois quando a pessoa é tão querida,
É difícil se conformar com a verdade
De caminhar por essa rua tão sofrida
E não mais te encontrar nessa cidade.
Porque cada um partirá um dia dessa Vida
E levará alguém para triste Rua da Saudade,
A esperar na Rua dos Encontros sua partida
Para caminhar juntos até a Rua da Felicidade.