Sou um eterno servo de mim,
Ronda-me uma inadimplência intelectual
Que me aprisiona os meteoritos da inspiração
E fico a galgar estresse no campus da consciência.
Estou ferido... Não consigo parir palavras
E na escassez de que me vejo vítima
Apenas enxergo réstias do que foi fantasia,
Pois, o vulto da eloquência diluiu-se...
Atormenta-me este Saara de reflexões,
Perante meu juízo sou nulidade de essência
E uma infinidade de pedregulhos ferem meus pés...
Minhas mãos acenam para o passado distante,
Preciso de resgatar o baú repleto de alegorias
A fim de que seja infinito o produto de minha arte!