<br />Mercêdes Pordeus
Recif/PE
Belarmino era daqueles inteligentes meninos
no banco de uma escola poucos dias sentou,
Mas, que aos quatro cantos desse nosso país,
o seu forte brado de poeta nordestino ecoou.
Menino brejeiro, sua fama foi muito longe,
Do seu sertão não saiu, antes o assumiu.
Ali ele nasceu e morreu, sua vida construiu,
Exerceu suas profissões poeta e agricultor.
Belarmino, era daqueles homens fortes,
Que a morte sorrateira leva-os embora.
Mas depois o chora com pena... Triste,
Por ter privado o mundo de sua sorte.
Ele escrevia com o seu grande coração.
E expressou os desejos de uma criança,
Versejou sobre a imortalidade do poeta,
Seus costumes nos trabalhos do sertão.
Expôs seu amor pela natureza com beleza.
Com a sensibilidade de poeta, suas proezas.
Terreno íngreme, certamente o percorreu.
Poeta, repentista, cordelista, assim cresceu.
Pombal, zona rural de Paulista, engrandeceu.
Toda a Paraíba por ele foi sempre honrada
Fez da Fazenda da Várzea da Serra seu canto
E foi nesse canto que ao paraibano encantou.
Mas, sua fama não só aí ficou, foi bem além.
Seu brio de sertanejo se propagou, fora brilhou.
Com seu carisma, Belarmiino o seu vôo alçou.
Foram oitenta e oito anos que na terra brilhou!
ABRIL/06
Mercedes Pordeus