Fomos o que fomos porque nada o é,
No entanto, nesta vida, haja o que houver,
Não seremos eu, nem tu, nem outro qualquer!
Seremos apenas imaginação:
- Irmãos das noites de solidão...
Não sentiremos nada, nem o travo de um beijo...
Anoiteceremos abismos, poços de desejos!
Amanheceremos lúgubres cortejos...
Pilar da ponte que sustenta dissabores,
Não nos trairemos em outros desamores...
Líquido e certo. Sopesamos muito na balança!
Sopesamos tempos de mudança
Na certeza de que a alma não descansa...
Entre ter ou não ter... Entre perder ou ganhar.
Inda há nesta vida alguém que possamos amar?