De entre todas as virtudes, que ao homem são atribuídas, como gestos de boa vontade, reveladoras de fino carácter, que se predispõe para praticar o bem, uma há que de longe é das mais cobiçadas, falo claro na virtuosidade do altruísmo, sem peio nem rodeios.
Engraçado porém é verificar-se que essa virtude, é também uma das mentiras mais bem concebidas e aceite, pela sociedade, que mede seus passos por uma cultura de medo, entre o ir-se para o céu , ou para os confins dos infernos.
A quem assim pratica o bem, a mais não é obrigado – haja quem diga –, é escuteiro verossímil, praticando o bem sem olhar a quem: quer sirva ou não sirva a sabedoria, a quem dela precisou um dia, num dado momento de sua vida – acrescento eu. Ainda assim não renegues tu a quem te julgou querer-te bem, na pior das hipóteses, serás só o proscrito, dessa tamanha gentileza – e a dor é ainda contigo, que o preconceito foi por te mostrares autêntico, quando achaste dever pedir ajuda.
Jorge Humberto
(18/12/04)