Sem descanso, nem mudança na órbita das estrelas,
o odor da onda spray piscava na ponta das ramas.
Todas brancas num abraço, pendurada entre elas,
a lua verde, presente e ondulante, meio às chamas.
As asas de pterodátilos, espumantes abelhas acesas,
em coro, aos trinados ocupavam os anéis impetuosas;
sorvendo infusão da xícara, poção leve de framboesas,
com cuidado ao redor dos pilares de luzes venturosas.
Impossível conter desenfreada carreira da lua errante,
carrega triste verde grama dispersa em molho de tomates,
sabor amarelo-laranja das elevações no verão espumante.
As duas meias luas adornam a esquerda das montanhas,
enfrentam em silêncio o selo das barras de chocolates,
enquanto fia e ri o lírio branco ante ousadias tamanhas.