Não sei ainda porque mudaste de banco e te plantaste à minha frente
Não sei ainda porque sorriste à minha voz
Porque fizeste das tuas pernas nós
Não sei ainda o que me levou a dizer-te para vires comigo
Talvez te quisesse segura para ouvir a tua voz
Ou quisesse apenas experimentar o perigo
Sabes...
Podia amar-te indefinidamente
Não sei porque dormiste quando olhava para ti
Não sei porque fingias a atração contingente
Porque caminhaste à minha frente sem olhar para trás
Não sei ainda porque te deixei tão facilmente
Ou talvez quisesse ser sério, estupidamente
Sabes...
Podia amar-te indefinidamente
Não sei ainda porque te encontrei agora
Não sei porque me cativam os teus olhos
Porque me fazes pensar tanto
Não sei ainda o que fazer nem dizer
Talvez quisesse que estivesses aqui
E que bom seria para a minha poesia ser diferente
Sabes...
Podia amar-te indefinidamente