Tocam meus dedos a terra
Molhada da chuva passada
Parece que ficam a espera
Que aguardam tua chegada.
Enfio meus dedos nos cabelos
Olho o céu e pergunto ao criador:
Onde estará agora o meu amor
Que olhos meus não podem vê-lo?
Acabo que caio em desespero
Meu pranto banha a minha face
Por mais que tente ou disfarce
Não consigo fugir do meu erro.
Meus olhos inchados e vermelhos
Buscam outros horizontes, em vão.
Como em vão foram os conselhos
Que recebi do meu querido irmão.
Agora os dias se fazem tristes e tardes
Perdido dentro de mim fico até a aurora
Ouvindo os gatos e cães que fazem alardes
Pensando comigo. Por que ela foi embora?
Gyl Ferrys