Num dia tão quente não deveria existir brilho na janela. Parece doentio a luz amarela atraindo borboletas para o vidro provocando repentina interrupção de um destino promissor.
Mas não tenha medo, Conscientemente é bom saber que tudo que assola o destino das irmãs fiandeiras deixa ansiosos deleites para perecíveis destinos. Entre outras coisas, barras de chocolate e latas de leite em pó não podem evitar o estrangulamento mesmo com aguda audição.
Neste aeroporto sempre é bom cobrir os olhos e se abaixar, crispando os dedos de modo visível, espalhando pitadas de dor e pólen. Com certeza, os pensamentos da águia rendem mais e sinto muito por não morrer e só desmaiar com a vela na testa. Vamos reinventar a produção da vida reconduzindo alunos ante o desvanecimento exacerbado do vinco entre as sobrancelhas.
Mas está na hora. Urge o tempo nas janelas reclusas nesta terça feira de agosto quando escrevo que outubro será vermelho para as meninas que vigiam e correm contra o mau tempo, descalças e servindo doses de vodca para um homem velho. Naquela câmara banhada pelo sol nada mais justo e inteligente que ouvir os soluços dos bêbados vestidos de púrpura e ouro. Em meio à miséria instalada dos ícones enegrecidos pela fumaça das piras de escarolas, pétalas de rosa se transformaram como vozes cristalinas do coro da igreja soando e repetindo incessantemente o nome do noivo.
E foi assim para a grandeza do universo que o coração santo repetiu os nomes dos profetas apenas lendo os rótulos dos vinhos.