.....Já se notavam as cores de abril desde que entrou na enfermaria. Não reparou nenhuma lágrima, nenhuma tristeza lá. Era como se tivesse deixado alguém nas prateleiras, somente abrindo portões . Tinha consciência que seu ponto forte sobre todos nós, era parecer sempre ser um deus guerreiro, concitando todos os irmãos na terra. Se bem que, nesta fase, atormentado por fogo e água, perdia-se em zonas úmidas pantanosas o tempo todo.
..... Contudo, não era uma pessoa rara de se ver. De raça ímpia e hostil, mantinha os olhos nos livros celestes como desejoso de ser santo, louvar o arcanjo, cantando orações que não fossem vãs debaixo do arco rebaixado frente ao mar.
..... No frigir dos ovos, era mesmo como um bezerro manso, algo engraçado se bem que não fosse indefeso. Se alguém cutucava, empurrava impropérios, sandices tantas a parecerem rascunho de lista telefônica Mas, naquele exato instante, deveras sentiu a luz ao ser tocado por uma lança no limiar da mesma divindade tessalônica. Ciente que sua cobertura não se estendia seguidas vezes, concluiu que o fato era indiscutível. Sempre fora o rei. A coroa de ouro não poderia ser usada para a barganha.