Escutaram de montes uivantes
Os gritos de um casmurro em solidão,
Garotos de engenho subiram a elevação
E do fogo morto das estradas solitárias
Perceberam que não podiam seguir adiante!
A chuva que caía embelezava os lírios dos campos
E nos urupês da existência os minutos condenados
Eram os massapês das taipas sem portas
Que abandonaram ao relento as cidades mortas
Onde nas noites só havia o luzeiro dos pirilampos.
Na antítese do viver evidenciam-se os sertões
Que ardem sentimentos causando angústias
Com a poeira que enche a atmosfera de vidas secas
E transformam na arena úmida dos corações
A sensibilidade que a face dos notívagos enfeitam.
É hora de as estrelas brilharem no cume do firmamento
Salpicando faíscas nas maçãs que viçam no escuro,
Algumas são teimosas, armam-se de inexpugnáveis escudos
Para combater a ousadia frenética das legiões estrangeiras
Em cujos laços de família as maçãs são verdes, mas faceiras.
O mar se agiganta perante a estátua de Iracema
E os guaranis cantam seus ritos com afã,
Senhora das noites, a lua clareia Canaã
Tornando amar um verbo intransitivo pleno de proteínas
Que alimentam a sedenta verve do herói Macunaíma.
Os capitães povoam a ribalta na areia das enseadas
Enquanto as madrugadas se escondem nas terras do sem fim,
As tietas do agreste colhem flores em canteiros de jasmins
Em que os cravos e canelas adornam a face de Gabriela
Que lava seus pecados no riacho doce das bem amadas...
Crimes e castigos são impostos aos líderes das turbas
Que violentam as milícias onde sargentos bebem cubas
E perturbam o silêncio no recinto dos seminaristas...
Exultam-se os corpos que têm o talento dos bíceps
E em leituras guardam-se expressões do pequeno príncipe!