Sonetos : 

Soneto à Rainha D. Amélia

 
Caminhando pelo Paço, d'olhos deslumbrados,
pairava D. Amélia de braços estendidos,
enlaçando o filho num voo de Pássaro alado!
Vivia ali o êxtase dos seus cinco sentidos ...

"- Meu Filho! Meu Filho!" Aquele que morreria
e sobre o qual desfolharia uma frígida camélia.
Que a Rainha, nova e amada, perdia
a sua Alma! Triste e enlutada, pobre D. Amélia!

E já pela idade, sublime, o encanto da Rainha,
que agora, velha e gelada, longe de Portugal,
arrastava pelo chão, as Quinas da Nação, à barra da bainha!

Em Versalhes, no seu leito glacial, serena, afinal,
d. Amélia d'Orleães, branca como a neve, é já morta!
Ó Senhora! Que um túmulo vos espera em S. Vicente de Fora.


Ricardo Louro
no Chiado


Em memória da Rainha D. Amélia de Portugal.


Ricardo Maria Louro

 
Autor
Ricky
Autor
 
Texto
Data
Leituras
1030
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.