O PASSAR DAS HORAS
Como sempre,
Depois de me levantar, vou ao computador
Para acabar de despertar,
Para ver quem de mim ousou lembrar
Mas sobretudo para ver se tu lá estás.
E, com espanto, não te encontro.
E sofro e muito, na minha solidão.
Então, penso em ti ,perdida em ti e na multidão.
Linda como és
Cativante como és,
Sensual como és,
Talvez todos te falem.... menos eu.
Talvez todos te sorriam... menos eu
Talvez alguns te abracem... menos eu.
Talvez alguns te digam Rica mulher---- menos eu.
Tu sabes que te amo e vou-te amar
Loucamente,
Intensamente,
Perdidamente,
Apaixonadamente,
Na minha solidão e ocaso, onde entraste..
Mas os anos passarão para ambos.
O tempo será impiedoso para ambos.
Deixará as suas marcas de passagem, em nós dois.
E nesse passo,
Na passagem dos dias e dos anos
A tua beleza continuará mas com marcas;
A tua sensualidade diminuirá;
A tua simpatia continuará mas não despertará.
E então
A escumalha do lixo humano
Ao ver-te passar dirá:
-Olha a gaja... menos eu
Velha maluca... menos eu;
Vai p’ra casa! Menos eu.
Andas à pesca? ..…menos eu.
Menos eu.. porque te amo
Hoje e sempre e te digo
Que sempre estiveste comigo..
Vamos despir e rasgar nossa amargura,
Com ternura e carinho
Vamos gozar as nossas tardes
No passar do tempo
E com suspiros de prazer
Beber o nosso vinho.
17/6714
Para ti, com saudades e um beijo,
dedico este poema à Soli