Não quero que cantes diante das tundras,
Lá não tem eco, há balaústres e horrores
Que excitam a malevolência de obsessores
E a melodia fica oca, sem notas jucundas.
Quero tua voz como meu único alforje
Para escutá-la perante os ímpios, a impiedade...
Quero trucidar o incesto fúnebre da mocidade
Para ter a certeza de que de mim tu não foges.
Desejo açodar-me no turbilhão das sendas
A fim de que possa evitar que tu ofendas
As cicatrizes dum tempo que dorme em lantejoulas...
Espero que os ventos, persuadidos, vomitem brisas
E derramem sobre as cacholas o ar que minimiza
As ilusões varridas pela piaçava das vassouras!