Começar o ano de 2008 fazendo rir os meus amigos Ricardo Calmon e sua esposa Vitória, foi a minha alegria! Já ganhei o meu galardão (é arcaico o termo? Que devo de fazer, se também o sou? Arcaiquíssima e já tremiliquenta?)
Fazer rir é ainda a melhor coisa a ser feita; pelo menos as rugas, na comissura (êpa!) dos lábios ficam curvas e graciosas.
Eu e o meu distinto ficamos comovidos, Ricardo, por você ter se referido ao “altíssimo astral do nosso love, perfumado tenuamente de jasmim”.
Meu Deus! Oh Céus! Este ano, em julho, completaremos sessenta anos de casados (repito) – bodas de diamantes, de piruás na riqueza, mas preciosissimos na vivência.
No início do namoro – duas quase crianças – andávamos de mão dadas, assanhadíssimos. Depois de casados, os seis filhos se encarreiravam e nós andávamos de mãos dadas pra apressar os passos. Depois os filhos cresceram mas veio a moda dos saltos altíssimos e ele me grudava para eu não cair dos stilos e não me estrompar no chão. Agora na velhice andamos constantemente agarrados porque se um solta o outro despenca. Já é vício! Mexem com a gente na rua: “O pai dela sabe desse namoro?”. “Isso vai dar casamento, hein? Me convidem para a festa!”. O distinto sorri mas ronca e bufa baixinho: “Abestado!”.
Ricardo, do fundo o coração eu agradeço seu comentário sobre a minha crônica Desilusão, que nos deixou sensibilizamos, comovidos às lágrimas, trocando beijos e abraços (tudo é motivo!).
Entre na beijação com a sua Vitória, aproveitando o embalo dos velhinhos aqui. Que Deus os abençoe e lhes proporcione um feliz Ano Novo.
Com muito carinho,
Christina