A primeira vez que eu te quis
Foi em uma noite primaveril
Não sei se foi no mês de abril
Só sei que fiquei muito feliz.
Não estava em mim. Não resisti
Ao par de olhos que devoraram
Que ao mesmo tempo tragavam
Como ondas para dentro de ti.
Parece que ainda sinto o teu cheiro
O tocar na pele nívea, nova e macia
Ainda sinto ele no meu travesseiro
Que é o que me restou de companhia.
Que saudade danada dos teus beijos
Dos abraços, dos afagos sufocantes
Dos teus olhos meigos e tão brilhantes
Que me despertam tamanho desejo.
Que falta me faz apenas um suspiro
Daquela que sabe acender minha pira
Daquela que sabe acalmar a minha ira
Dona dos hieróglifos do meu velho papiro.
Um dia serei mais que teu poeta e amigo
Serei o teu amado, teu querido e só teu
Mas aí vai ter que ter um dedo de Deus
Por isso te quero muito, muito...Comigo!
Gyl Ferrys
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