A praia escuridão
Chovia sem esperanças
Num estardalhaço anoitecer
Fez-se do bumbo andanças.
Mesmo sem ritmo, molhada e riste
O bloco solitário da andarilha
Seminua sem rua e descalça
Atada, embalada de lembranças.
Passado o temporal em ventos verdejantes
A lagoa escura alma da folia
Persistia fechada ao sinal de novos vendavais
Tudo parado no coração apaixonado.
A cidade repleta de transeuntes
Carnavalescos, blocos em fila desfilavam
Bebidas, risos, saiotes e fantasias de borboletas
As asas do desejo a dizer da louca paixão.
A saudade noite vem beber os ensejos
Na desilusão fantasia dos seus sonhos
Cantando o acorde de samba sem canção
Exilada na imensidão da multidão,toca a bateria.
Diana Balis