“E, pois que o quarto círculo se abria,
Mais penetramos pela estância horrenda,
A que todo seu mal o mundo envia.
Ah! justiça de Deus! Que lei tremenda,
Dores, penas, quais vi, tanto amontoa?
Por que da culpa nos obceca a venda?”
A Divina Comédia - Inferno - canto vii
Monastério de venturas-insanas d’onde serás presbítero,
pecador conspurcado de vícios, procuras afogar as dores,
em desejos impuros trazendo pr’um charco de canalhices,
indignas [são]as inquietações encovadas nos rasos dos transes.
Execráveis sentimentos, permeio de aflições hediondas,
copiosos mananciais inesgotáveis, abarrotados de martírios.
Mortificações agoniadas, atrop’ladas [as]recolhes dos tapetes
coalhados de mil torturas, odiosos outeiros dos suplícios.
Sórdidos são cerros de dores repugnantes, são pesares
pervertidos, poluídos jorram de corrompidas cascatas,
tormentos conspurcadas nas nascentes de ansiedades.
Poderá restar refulgente tua alma? Inexaurível a fonte
do nefando ser. És pássaro migratório, deves voar longe,
distante de nossa existência, inumando depravadas penas