Fugindo por gramados perfumados,
coberto
suados de um longo sono na aragem,
desperto,
na hora em que se perder na folhagem,
mistério,
chorar silenciosamente pelas estrelas.
em deletério!
Poder prender a respiração num minuto,
um instante
sem que meus traços varram as ruas,
farsante,
verão agita dezenas de nuvens de gaze,
no presbitério,
quase poder voar tateando na escuridão
sem critério.
Tornei-me ondas em mar revolto
do império,
no turbilhão dos seus mais sórdidos desejos
empanzinado,
sou escasso rio sensível, inconfiável, solto,
extasiado,
empanturrado pela nudez extrema dos azulejos
tão fartos!
II.
Sobre realejos no teto do céu na casa,
assombrada,
caranguejos atraem as pinceladas soltas,
carpadas,
brilhantes soam arpejos na relva em maio,
ditério,
dos solfejos de bebida em copo de metal
do cautério.
Os bocejos preenchendo espaço luminoso,
repleno,
nas árvores, latejos de palmas cobertas, no ar
ameno,
gracejos nos feixes de ouropel e zimbro,
referto,
ora contidos nos manejos de nossas almas.
tão perto!
Desejáveis são suas mãos graciosas e dedos,
exuberantes,
fecharem em grandes pássaros de aço,
saltitantes,
a deslizarem no espaço sideral pelas camisas
satisfeitos,
num canteiro raso quadrado de margaridas selvagens.
desfeitos!
III.
Refrigério fugindo de palavras do cotidiano,
apinhado,
da cansada realidade, revérbero do dia,
carregado,
por caminhos de julho primaveril aos ventos,
no monastério,
pelos becos das sombras da meia-noite senil,
isso é sério?