Eu tenho o hábito de caminhar.
Vou me explorando sem guia.
Nas rotas quentes, quanto mais desvarios
Mais acertos , mais passarinhos.
Eu gosto de andar,
Ir pra outros lugares pelos rios,
Das margens para as profundezas
Sem nenhuma certeza, entro em cena
Até a cortina fechar.
Depois tenho o prazer em desbravar
Arribar, deixar o coração se arrebatar
Ir para o sutil e o concreto.
Tenho a mania de ficar forte pra não ruir.
E a sorte de não querer possuir
Poder mudar de rota e me dividir em atos.