"...antes que estejam para sempre,
os meus, já sem brilho cerrados..."
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-jamais vê-los apagados -
Num momento apenas que passou,
tinha os olhos iluminados,
risonhas as faces de alegria;
numa fração, lapso temporal
diminuto espaço, hora fatal
de tantas lágrimas vejo-os banhados,
embora daqueles olhos,
sem que fruto de qualquer sinergia
por vezes emana furioso vendaval.
Tenho por desejo maior,
jamais vê-los um dia apagados,
antes que sejam para sempre,
os meus, já sem brilho cerrados.
Sofrimento maior realmente é
quando os vejo já algo marejados,
distantes dos meus, a procurá-los,
desejoso de alvíssaras, com fé,
busca constante, qual andarilho.
" ...descrevo sem fazer desfeita,
meu sofrer e meus amores
não preciso de receita
muito menos prescritores."
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Re: E jamais vê-los apagados
