Onde ela mora?
Onde é que ela mora?
Quem souber diga-me agora,
Que sem demora irei buscar.
Pois eu preciso muito dela,
Para enfim abrir esta janela
E deixar o Sol entrar.
Fale agora o endereço,
Porque sei que mereço
Tê-la aqui junto a mim.
Sem ela padeço tanto,
Meus olhos verte pranto
Que parece nunca ter fim!
Eu tenho que achar um jeito,
De arrancar daqui do peito
A imensa dor que me devora.
Então por favor, por piedade,
Diz pra mim qual é a cidade
E a rua em que ela mora.
Que eu irei neste momento,
Bem mais veloz que o vento,
Pra buscar quem tanto adoro.
Pois sem ela não sou nada,
Nem caminho, nem estrada,
Por isso que sofro e choro.
E, se você me tem apreço,
Dê-me logo o endereço
Da minha amada querida.
Pois sozinho estou sofrendo
E pouco a pouco estou vendo
Esvair-se a minha vida!
Roberto Jun
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Ela mora em teu coração
E sonha com o dia de te encontrar.
Vem meu amado. Vem me buscar!
Neste momento ela mora em qualquer lugar,
Desde que seja perto de teu lindo olhar!
Ela mora na cidade do medo,
Onde se esconde com medo,
Com medo de um certo algoz.
Lá, se ouve-se o canto do sabiá
E o som do vento pra lá e pra cá,
Trazendo e levando tristeza atroz.
Ah, ela não tem endereço...
É menina peregrina por causa do amor.
Segue vivendo tal qual um beija-flor,
De galho em galho amando-te com fervor;
Sou um beija-flor, buscando meu beija-flor!
Amado meu, indica-me o caminho,
Que irei voando ao teu ninho.
Não tardarei, irei agora meu amor!
Para dar e receber trilhões de beijos do meu beija-flor,
Para aconchegar-me sob tuas asas, sentir teu calor
E tirar do coração a tristeza e o amargor.
Amado meu, voarei como um beija flor
E pousarei em tua janela,
E cantarei lindas canções de amor.
Tu, quando ouvires meu canto dirás: é ela!
Verás meu sorriso e o teu sorriso eu verei.
Vou fazer-te feliz e certamente feliz eu serei!...
Mary Jun
Roberto Jun