Negro
o fado cantado
que dos lábios caiados de cinza
soa triste...
existe
um tom arrastado
no sol que olha de soslaio e passa ao lado!
Fado...
vestido de negro cantado
que me esvoaça do peito rasgado
soando a mar tristonho...
suponho
que o mar já não canta
não seduz, nem encanta
e perde-se perdido no seu ondular...
fado, que me enches de água doce o olhar
e de Sal os meus lábios que cantam!
Fado negro, que anseio colorir
com as notas esperançosas
da voz da minha Amada!
[Agora]
...abraçada a Esperança
enquanto de mim vertia Palavras
anseio que os meus lábios
voltem a cantar Sal, nos Teus
ao som do Mar, que afinal, sempre nos encanta!
Que canta
murmúrios as rochas
que nos dança, no Olhar
e nos faz sentir em plena Liberdade!
Fado...
por Amor, transformado
em melodia de Sol dourado
[porque o Amor, está sempre ao meu lado]
no escorrer dos versos
da Alma deste homem
para este canteiro de Poesia.
Andy