Em breve mais nada restará
Já sobra tão pouco, e o pouco
Pilhérico partirá.
Cortarei em mim cada pedaço do velho
Vestirei de luto, em terno, num negro das unhas à alma
Caprichoso desdém daquilo que vem e vai
Ignorando soberbas e limites
Já não sei quem sou eu
Mas sei ainda o que quero eu
Já não sei o caminho
Mas sei procurar
O que vai mudar? Tudo.
O que você leu agora é passado
E o que está lendo que era futuro
Virou presente tão rápido e
Na velocidade dos teus olhos
Num piscar, passou.
Ficou. Marcado. Mas passou.
Exilou num canto intimo
De onde jamais sairá.
Oh ego Laevus!