Poemas -> Reflexão : 

Minhas mãos, meus tesouros

 

Na quietude da minha solidão,
deixo-me levar pelas divagações do meu pensar!

Olho fascinado, as minhas mãos,
vejo sulcos do tempo,
lavrados por instantes consumidos
pela voracidade das horas,
que fez das minhas mãos cansadas,
obras de uma arte sofrida!

Por entre os dedos,
pequeníssimos atalhos
como afluentes digitais
de sinais que definem as marcas
do destino, da minha essência!
Admiro a geometria de cada mão,
penso na natureza que me gerou ser,
fez duas mãos distintas nos seus traços,
em cada mão, talvez,
um destino diverso,
parecem semelhantes,
mas fixando meu olhar atentamente,
descubro rios de criteriosos efeitos
como capilares sensitivos!

Com as minhas duas mãos abertas,
sorrio-me feliz
pela alegria de poder contemplar
as minhas armas de luta,
meus instrumentos na criação
da minha poesia,
minhas suaves pétalas de carícias
que perfumam o papel do jardim branco,
onde planto as flores da minha escrita!

As minhas mãos
são parte importante
da minha grandeza!

José Carlos Moutinho

 
Autor
zemoutinho
 
Texto
Data
Leituras
697
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
3 pontos
1
1
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Robertojun
Publicado: 09/06/2014 20:02  Atualizado: 09/06/2014 20:02
Membro de honra
Usuário desde: 31/01/2014
Localidade: São Paulo
Mensagens: 2315
 Re: Minhas mãos, meus tesouros
Olá, zemoutinho!

Belo poema.
Parabéns!

Abraço,
Roberto Jun