A donzela, o mosqueteiro e Lúcifer

Boa noite poetiza:

Sábias ponderadas e elucidativas essa suas palavras. Tocou no ponto certo e no momento exato dando novos contornos a uma questão assim não tão comezinha quanto comilona.
Na verdade, Lúcifer sofre os efeitos da valorização do euro vendo caírem vertiginosamente como em abismos de lágrimas os preços das almas no mercado livre de Roterdã ou a bordo do "Kursky."
Sem considerar as manifestações dos povos tristes que habitam as bordas da terra há possibilidade de que se vejam tantos sonhos róseos mesmo sem abrir os olhos na sombra e escuridão. É difícil sequer imaginar a possibilidade, nesse degrade de penumbra desfeita em cinquenta tons de amarelo canário, se com certeza aquela ponte longínqua envolta em gelado véu de tinta luz, desencoraja todos que não se atrevem ainda a bater continências às folhas das janelas de modo que se permita ver passar logo após ser entoado um samba popular, um alegre cordão musical com bichos e discos e nada mais. Agradeço a leitura e o comentário.

Relendo esse seu comentário me veio a mente de quando suas palavras foram proféticas com os últimos acontecimentos dessa semana.
Lembro que li e reli exaustivamente para tentar compreender o que tanto havia por entre suas palavras que tanto me assustou.
Pesquisei tantas palavras e frases inteiras e sinceramente mais sustos sentia.
Hoje,agora entendo... Certas pessoas tem uma alma sensitiva e propensa a ver vislumbres do futuro,mesmo que as evidências dos fatos estejam as vistas de qualquer um que tenha juízo ou ao menos parte do coração funcionando devidamente ou seja com um pouco de humanidade, mas ainda bem... Ainda bem que humanidade, você tem que transborda.
Segundo Giovanni Pico della Mirandola in Discurso sobre a dignidade do homem:
"Ao homem nascente o Pai conferiu sementes de toda a espécie e germes de toda a vida, e segundo a maneira de cada um os cultivar assim estes crescerão e darão os seus frutos." (Nascenti homini omnifaria semina et omnigenae vita e germina indidit Pater; quae quisque excoluerit illa adolescent, et fructus suos ferent in illo. Ob. cit.: 52-53"

Agradeço suas palavras... Confesso que agora, sinto um certo fio de paz. (em partes...Os teclados vermelhos ainda me causam uma certa paranoia.)