ah, verde, se te vejo verde,
que esp’rança o fruto tem de mim,
e tudo o que me é fome e sede
semeio em crença de festim.
ah, verde, se te vejo verde,
sei vivo o gosto de esperar,
e ao vento intento e quero ter-te
orlando aromas de roubar.
ah, verde, que te quero verde,
no livre espanto de viver,
à boca, o bom olhar não perde,
no estio o fruto é de colher.
ah, verde, que te quero verde,
à época no certo tom,
ah, verde tanto quero ver-te...
são figo, que te chamo bom!
T.T