"...Foi o sol de um dia,
que um dia fugiu desse dia de sol..."
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I. Quem poderá saber?
Repetidas vezes, o coração
tocado por um anseio
fingiu-se de morto;
do peito vivo foi incapaz
de bani-lo o seu amor.
Quem pode saber
o que sonha um íntimo absorto,
se apontado com palavras,
supremo é o dissabor?
II. Botão de pane
Poderá a alma acionar,
algures,
um botão de pane,
aparando sua porção
mais dolorosa,
tão entristecida?
Foi o sol de um dia,
que um dia fugiu
desse dia de sol, inane;
nada realmente foi surpresa,
foi triste, espírito alterado.
" ...descrevo sem fazer desfeita,
meu sofrer e meus amores
não preciso de receita
muito menos prescritores."