Ao ver o tempo passar
Vento que varre, assola o rosto
Impriguinado de pó
Da ceca persistente
A vida no sertão
Que o tempo parou
Unindo ainda mais as raízes
Escondido no longínquo horizonte
Casebre de terra batida
Assim a vida os vive,
Mais um dia
Imagem frágil que fortalece o apego,
Na terra queimada pelo sol
Hoje sempre imitando ontem
Amargurada ceca, que nem as lagrimas,
Contem os olhos
Onde o barulho ensurdecedor do silêncio
Me faz companhia
A solidão é tanta que ouso meu coração bater
Mesmo assim vejo o colorido
Onde repouso em meus sonhos
Restando somente a caminhada
Temporária
E o sonho de verdejantes colheitas...
Aparecido Luis ferreira 29/05/2014