Horizonte de uma vida vivida
Começo de uma viagem sem destino
Leve como falcão a sobrevoar a gravidade
Encontro a porta luminosa, com jardins floridos
Apenas porta de uma passagem ao horizonte desconhecido
Horizonte de uma vida vivida e hoje sentida.
Passado é como caminhar no inferno sem fogo
Com tua frieza da hipocrisia o congelaste
Tua covardia é como fantasmas da memória
Memorias não mortas, escondidas no meu rancor!
A entrada para tua última morada não será sofrida
Será sentida na pena de morreres sem alma.
Em corrida de criança tonta nos primeiros passos
Só te queria encontrar de braços abertos
Sentir o manto do teu amor, a cobrir minha inocência
Como o manto do oceano cobre areia de sua praia
Por que não limpaste as lágrimas das minhas quedas?
Como limpavas gotas de chuva em tua cara.
Desejei olhar nos teus olhos azuis igual ao azul do céu aberto
Neles sentir protecção, como azul do céu sente das nuvens
Quando desejei teu ombro, recebi tuas costas!
Quantas e quantas vezes desejei o arco-íris do teu sorriso
Recebi o negro como escuro da noite do inverno sem brilho
Em momentos desejei tuas palavras de orgulho
Ouvi palavras de ofensas ao meu amado ventre.
Sentia medo das sombras imaginárias em volta do meu berço
Em vez de adormecer em teus braços! Observava-te...
Num sono profundo, coberto pelo cobertor da ignorância
Olhos permanecido na janela com medo dos relâmpagos
Sobre minha cara queria sentir tua mão a tapar meus olhos
Protegeres-me da luz forte destes relâmpagos
Fui coberto pela tua boca com as palavras... Tu és fraco!
Anos passaram via a vida como um livro
Virar das páginas e a triste historias era a mesma
Como todas as historias tem um fim e uma aprendizagem
Hoje não posso dizer amo-te...
O amor é como uma flor
Precisa da terra do seu jardim para crescer
Simplesmente me roubaste este jardim.
Virando costas ao horizonte desconhecido volto ao presente
Neste presente agradeço ao demónio do teu ser
Foi este demónio que fez de mim o que sou
Com defeitos como qualquer criatura, e um assassino da covardia
Seguir em linha recta, acordar todas as manhas com sorriso de orgulho
Atinjo a vida de frente, como lobo atinge sua presa
Ilumino meu sangue como lua ilumina a terra da noite.
Chorando o choro
A terra que desapareceu,
no esquecimento sobre nós,
na sensualidade e paixão,
daquelas noites de dor sem dormir,
foi como gentios em ilhas de sonhos.
De um segredo do segredo sob os segredos...
Na verdade em vossos olhos,
de um mentiroso em vossas palavras,
que virá o fim do tempo
em forma de desespero,
de condenação em desgraça,
Dolorosa e esquecida...
Que vou pensando no que não penso,
pelo o choro da humanidade.
Na terra da lua vermelha
A sabedoria na terra da lua vermelha,
dos lobos que uivam para a antiga rainha,
do imperador dos Cárpatos das trevas para a eternidade,
e para quem canta a nossa glória,
na cerimónia das sombras,
é numa atmosfera do silêncio da noite para meditar,
como uma forma física,
da luz que sangra em meu acreditar.
Náufrago que atrofia
Um medo que vai lançar,
a nenhuma sombra do outono por disto-pia
... Como um poema dos lobos à sua porta,
na reencarnação de uma marcha,
para os clones!
De uma distância grande,
para que o mundo possa ver,
que o tempo é o fim...
De tudo que cai em torno de nós,
e num silêncio e adeus,
que se coroa um rei
e se mata uma rainha...
Deste Náufrago que atrofia.
Pobreza que se rejeita
Como toca olhar,
o vosso alimento meterem ao lixo,
com este meu ser triste,
nesta minha miséria mesmo ao vosso lado.
Por que sou um ser julgado?
Ou apenas serei uma dor, que vem distante?
Apenas sou rejeitado pela multidão,
por um erro do passado.
Alma no luar
À deriva no sal do mar,
sobrevoando o cimo das estrelas,
levado pelo guiador da incandescência.
Quantos mundos possa existir?
Quantos sentidos se pode sentir?
Vivendo,
o meu mundo tão pobre como tão rico,
tão solitário como tão acompanhado.
Quantas vezes mais possa sorrir?
Quantas vezes mais possa chorar?
Apenas sou,
mais uma alma solitária à deriva no luar.
Hugo Dias 'Marduk'