Amei-o como amam os meros mortais
Cheguei até mesmo a acreditar na
imortalidade...
-O fim estava próximo e eu, entretida demais-
Meu coração disparava e descompassava,
Mas era a química que me seduzia
E toda minha paz era tê-lo em minhas
mãos...
Fiz-me dependente de sua presença,
Era o ar que eu precisava respirar
E nem percebia que muitas vezes me
sufocava...
Nos momentos de alegria marcava o meu
sorriso,
Quando eu estava triste, me consolava...
-Cheguei a pensar que com sua ausência
não poderia viver-
Eu o consumia dia a dia
E nem percebia
Que a realidade me consumia...
Lembrar que ainda o desejei em meus
lábios
Num último encontro de despedida...
-Fui conivente, eu sei, admito que me
deixei enganar-
Queria apenas fôlego suficiente para
gritar ao mundo
Que ama-lo foi minha perdição!
-E quando mais precisava faltou-me o ar-
Deixo a todos a última expressão
consciente
Um olhar que grita contra o tabaco
-E fecho meus olhos para que abra os seus-
honey.int.sp
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