Andando
pelas
ruas,
quase
encoberto
pela
névoa
noturna,
pela fresta de uma veneziana eu pude perceber olhos penetrantes.
Foi
instinto,
quase
detive
meus passos,
curioso
tentando
adivinhar
de quem seriam os lindos olhos brilhando pensativos, a mirar-me.
De
repente,
um
ruído,
um carro
passando
quebrou
o silêncio total:
depressa, na casa, fechou a vidraça, baixou as persianas, sumiu como raio a cair
Retomei
meu caminho,
agora
mais triste,
refletindo
tentando
lembrar:
de onde já vira aqueles olhos bem como achei que havia uma lágrima a rolar