De Barcelona a Calcutá
Busquei o som do amor para embalar a vida
Na terra, no ar, no mar
Aquele mar era a vida tão calada
Um flamenco em um deserto de água
Procurei, não te encontrei no turbilhão
Um balé nas profundezas, um oceano de incertezas
Me afoguei em uma maré de janeiro
Mas eu sei, me perdi de mim primeiro
E voltei a navegar
De Buenos Aires ao Panamá
Busquei o som do amor para celebrar a vida
Na terra, no mar, no ar
Minhas asas não eram mais fortes que o ar
Vivi uma música de Gardel, um filme com Darín
Assim sofri uma dor que não passava
Fui expulso do meu falso céu
Fumei mil cigarros, xinguei a presidente, tomei antidepressivo
Mas estava vivo, procurando uma saída
Quis entender o meu destino, quis entender a vida
Vivi um drama Argentino
Não virei tango por um triz
Lembrei-me do menino... E quis ser feliz
De Barcelona a Calcutá
De Buenos Aires ao Panamá
Daqui a qualquer lugar
Busquei o som do amor para completar a vida
No mar, no ar, na terra
Como a vida que começa, como a vida que se encerra
Tenho os pés no chão, embalo uma canção
E querendo ser feliz celebro a alegria, apago a tristeza como pó de giz
Do que já sei... A vida é melodia que tem ferida e cicatriz.