Eu vivo a recordar os tempos bons de criança Revivo a juventude que era cheia de esperança Ouvia os passaros cantar logo ao romper o dia Por isso queria voltar àquele tempinho bom Pular a grande fogueira na noite de São João Foi uma época tão boa, foram noites de alegria
Quando eu aprendi a nadar no Ribeirão Pinguim Agora lá eu nem volto perdeu a graça pra mim O monjolinho a bater onde bebiam os animais Lá não há mais a varanda que havia queijo curado Mamãe já não assa pão no forno de lenha ao lado Este cenário singelo já passaou e não volta mais
O sol com raios dourados surgia pela nascente À tarde meio avermelhado se despedia no poente Perto de um sabugueiro havia o mastro de S.João Onde nas festas juninas, rojões subiam a estourar Vinha gente da cidade para a quadrilha brincar E as mocinhas da roça dançavam de pés no chão.