Contra a corrente que aprisiona a mente
Contra a corrente que aprisiona a alma
Contra as amarras que nos dão uma falsa calma,
Prendem-nos e não nos deixam reagir
Contra a corrente da mesmice que compromete o existir
Contra os grilhões que invertem os valores
Confundem os normais e criam tantas dores
Contra a corrente que se diz majoritária
Que do alto de uma montanha solitária
Usam caras canetas para cometer um genocídio mudo
Peças em um gigante tabuleiro, usados como escudos
São tantas Marias, Josés e Antônios
Cegos pela penumbra de velhos demônios.