E agora?
Pergunto ao vento que sacode a vidraça.
E agora? que rolam no chão todas as folhas mortas
De uma árvore tombada.
Questiono seja o que for
Numa esperança fugidia
Quero saber qual a cor
Que deixa a alma fria.
Às vezes penso que é branco o desamparo
Outras é negro… e um reparo logo vem
Como quem não quer a coisa, malvado
Ri de mim, ri de ti, até do além.
E agora?
Que choram as pedras que os teus pés pisaram.
Será que por entre elas nascem beldroegas
Se assim acontecer é porque entregas
Nas mãos de Deus águas que brotaram
Dos meus olhos.
Poesia de Antónia Ruivo.
Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.
Duas caras da mesma moeda:
Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...