Senhores feudais, arcebispos, ditadores, presidentes
Mudaram de roupa, cortaram o cabelo, clarearam os dentes
Meu Deus!Não param de vir ao mundo,
Usando a todo carma e a todo custo,
As velhas artimanhas e velhos sustos
Para fazer entre nós o mal fecundo
Mandatários, Latifundiários, Senhores de escravos
Contam dólares enquanto o menino de rua conta centavos
Viram velhos gagás babando por meninas
Fazem o povo se vender e alimentar a velha sina
Sobrenomes, sobre tudo e sobre todos
Instalam o terror em vários mundos
Fustigam o conceito de exaltar o preconceito
Palpita o coração do indignado que rebola no peito
E o Monstro se lambuza e lambe os dedos
Implanta um regime de repressão e medo
Usa o sangue do povo para assinar ofícios
Cheira carreiras de almas e alimenta todo vício
Ameaça tolher o que nunca deu de verdade
Faz da obrigação uma falsa caridade
Financiando o fim do mundo com verba pública
O demônio assinando licitações com sua rubrica
Espalmo as mãos e fecho os olhos em prece,
Rezo rápido porque essa gente se esquece
O maior meio de “cultura” já fez questão de esquecer
Peço infertilidade para as mães desses filhos da puta
Peço perdão, mas peço para ver se Deus me escuta
Porque esses velhos monstros tem que parar de nascer.