Poemas : 

AS VERDADES DE UM INSTANTE

 
Naquele micro instante fui um narrador onisciente
Não é só o que é belo que se vê,
Vê-se um mistério, a juventude ainda quente
Vê-se o pensamente vagueando, vê-se também uma armadilha
Pode não ser nada, pode ser uma trilha,
Dali ao infinito desse lugar que a prendeu
Ela vive em algum tempo que talvez não se liberte
Jogue os dados e observe inerte,
Porque Ela é gente e aparição, porque Ela é outro bicho,
Pode ser cruel por ser leal a sua abadia
Mata e morre num cochicho,
Pedirá amor e pedirá perdão, lhe dirá que não sabia,
Ela é perfeita, Ela está quebrada, se refaz no mesmo claustro
E você, mero Você, saberá que foi uma prisão construída por outro
Tenha a pretensão de caminhar em areia movediça
Ela dá o sopro da vida, mata e manda rezar a missa
Ela sabe que observo, antes de antes Ela já percebeu
Mas o certo é que não vai demorar em vestir um sorriso,
Para aprisionar sem aviso,
O narrador desavisado no mundo seu.

 
Autor
joaovictor.azfe
 
Texto
Data
Leituras
614
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.