Não Deixem
Não deixem que me tirem a liberdade
de reinventar um novo coração
uma perene historia de amor. . .
de escrever sobre ardente paixão.
Ou a embriagante tensão do desejo
escrever um verso como fosse um beijo
dado no canto da boca, na boca todinha
um beijo de língua, escancarado no verso
linha a linha.
Não deixe que me tirem o pranto
a tristeza que evoca a minha alma
a dor da perda, do desencanto
dos amores perdidos de outrora
Sei que vou morrer a morte dos esquecidos
sem ninguém. . . parentes ou amigos
sou ave errante e sem ninho
e neste mundo indiferente e cruel
resta-me apenas, memórias, um lápis e um pedaço de papel.
Alexandre