O lamento é a resposta dum povo sofrido
Que pranteia desilusões... desperdício!
Sonhos nefastos são constantes, são vícios
Que soterram da higiene mental salutar abrigo!
Se o pensamento é nômade, a vida é cigana
E o homem peça dum artesanato vil e impuro,
Fantoche que cede suas rédeas e vive aos pulos
Em uma seara mambembe em que solo é lama!
Doce lar... capricho doado às ventanias
Do tempo ingrato que só desenhou fantasias
Nas mentes embebidas pelo sal do prazer...
O futuro é fio de escuridão na arena deserta
Sobraçando a estéril esperança que ainda desperta
Meio trôpega entre os raios do novo amanhecer!