Mágoas são ondas de mares bravios
Que trucidam nosso gênesis perante a vida,
O rancor é câncer da existência reprimida
E peçonha que chove e chove, sem estio...
Dissabores causam indigestão e têm pimenta,
Arde a consciência que grita e grita... caduca!
O sentimento fica sem porto, alhures não cutuca
Essa devastação que o íntimo enfermo enfrenta!
As aflições devoram o senso que perde o humor
E atira distante congêneres produzidos pelo amor
Que vê diante dessa plataforma apenas dolência...
No anfiteatro que o âmago lentamente constrói
É mister dirimir tais ímpetos que deixam dodói
Qualquer personalidade que não use a inteligência!