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PARADOXO

 
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Dois dedos da cólera,
dois passos da saída para completar um álibi,
enquanto desenho no meu reflexo sorrisos carnudos.
O vermelho mais vivo que eu,
espia as minhas intenções,
o decote ingênuo se aprofunda na carne procurando seu lugar.
Há um que de festa nos pelos da nuca,
exibidamente perfumada e voraz,
sempre ansiando por segredos inconfessáveis.
Paradoxalmente,
estou em par,

saio na noite quente, derretendo junto com a imagem que fazem de mim.





(fase vermelha)
04/02/14


Sou apenas o que sou, não o que esperam que eu seja...

 
Autor
VCruz
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Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 21/05/2014 19:24  Atualizado: 21/05/2014 19:24
 Re: PARADOXO
há volúpia no ar, aquecendo a noite e soprando os frutos maduros na árvore do desejo. belíssimo poema, Valéria.


Enviado por Tópico
Vania Lopez
Publicado: 22/05/2014 04:04  Atualizado: 22/05/2014 04:04
Membro de honra
Usuário desde: 25/01/2009
Localidade: Pouso Alegre - MG
Mensagens: 18598
 Re: PARADOXO
Fase boa essa: vermelho atrevido.
Rasgando a suavidade calmamente.
Quando voltar minha net, vou roubar pro meu blog... (Posso?)
Beijo cheio de felicidade, afinal voltou. Obrigada


Enviado por Tópico
Volena
Publicado: 24/05/2014 14:15  Atualizado: 24/05/2014 14:15
Colaborador
Usuário desde: 10/10/2012
Localidade:
Mensagens: 12485
 Re: PARADOXO P/VCruz
PARADOXO,sim
prazer moral
ou imoral.
O que é bem feito
e o que tem de mal.

Mas gostei do poema de verdade.Vólena