Caminhamos com destinos já traçados
desde a hora em que nascem os sentidos,
caminhamos pela Vida deslumbrados,
braços ao peito, cruzados, tão contidos ...
E nossos olhos envergonhados que vêem tão perdidos?!
Só a incerteza, destino já marcado!
Nossos corpos em caixões, gelados, estendidos,
ladeados de penar, o nosso Fado! ...
Persegue-nos a Morte, degola-nos a Vida!
Envelhece-nos o corpo, prende-nos a boca!
E fica a Alma enfim despida ...
Nús! Rendidos! Corpos-de-sangue ...
Uma Vida noutra Vida, glória-louca,
morte-viva que a Vida sempre abrange!
Ricardo Louro
Chiado
Ricardo Maria Louro
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