Ó Deus, como chove agora
As árvores estão a curvar
Espreito da janela para fora
A chuva não quer parar.
Ficou escuro de repente
A névoa tapou o monte,
Vai a corrente a regar,
E a torrente a fustigar.
Passarinhos que se escondem
Que não podem mais voar,
Os Relâmpagos me surpreendem;
O meu peito está a sangrar!
Ficou noite de rompante,
Nos meus olhos falta o ar.
Cristina Pinheiro Moita /Mim/