Um beija flor vivia em uma floresta densa, voando pelos sulcos entre os ribeirões. Quando aquele ruído foi ouvido na confluência dos rios que cortavam a mata, o sol já não podia mais ser visto de forma clara.
Várias aves reunidas sob um carvalho centenário, de folhagem espessa decidiram que, apesar de estarem preocupadas, não haveria mais tristezas para as plumagens de corações sensíveis. Se por um lado, tudo isso pressionava a fim de que se obtivesse algum resultado prático ante um eventual incêndio que poderia ocorrer a qualquer tempo, por outra via, não era de todo inútil, já que as raposas eram as guardiãs dos barris de pólvora.
Segundos se transformam em minutos, mas não duram muito tempo quando há necessidade de não se perder tempo, de perceber o quanto os fatos podem ser de certa maneira indivisíveis e unos.
A festiva reunião foi dada por encerrada quando se percebeu que o sol estava brilhando, a floresta estava tão verde e não havia nenhum foco de incêndio a ser combatido por um beija flor falastrão e demagogo.
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