Sistema
Obscuras são as vozes da perdição
em infinitas imagens dos sentidos
entre as frases curtas e gemidos
dilacerante a tristeza do coração.
São as faces vazias dos desafetos
entrincheirados em cavernas frias
horrorizado pesar pois você sabia
que era um fim inútil e incompleto.
Nos escuros labirintos espectrais
povoam almas nas barras de aço
aos pedaços, tão densos, tão reais
povoam manadas, rebanhos, no espaço. . .
em raios, em celas, em antigos rituais.
E assim que andas e enaltece
lembrança amarga de quem não conhece
a desventura extrema deste problema
nas linhas tortas deste poema
que assim escreves em forma de prece.
Alexandre